segunda-feira, 8 de julho de 2013

Jó 13

Comentário devocional:

Continuando sua fala do cap. 12, onde Jó demonstra conhecimento das ciências humanas (12.16-24),  ele afirma que este conhecimento foi obtido a partir de seus próprios sentidos e observações (v. 1). Ele não se julga em posição de inferioridade em relação a seus conselheiros (v.2) no que diz respeito à filosofia humana, à ciência e aos avanços tecnológicos. Mas não é com os seres humanos que Jó deseja dialogar, mas com Deus (v. 3). Jó argumenta que apesar de seus amigos afirmarem possuir conhecimento, o que falam a respeito dele é mentira; eles são médicos que não curam (v.4). Quando alguém deixa de receber a iluminação da revelação do Espírito de Deus, que nasce do conhecimento relacional com Ele, e  fala sobre Deus baseado em conhecimento humano, o resultado são mentiras.

Jó diz que seus amigos teriam mostrado mais sabedoria se tivessem ficado calados (v. 5). E que eles estão dizendo coisas sem sentido a respeito de Deus, e pergunta: "Vocês vão falar com maldade em nome de Deus? Vão falar enganosamente a favor dEle? " (v. 7). E acusa seu amigos de usarem argumentos falsos para defender os atos de Deus, a quem eles não realmente conhecem (v. 8). Jó pergunta ainda se eles mesmos estariam dispostos a se submeterem a um minucioso exame divino quanto à coerência de suas vidas (V. 9). Com certeza, Deus os repreenderia (V. 10). Se comparecessem em julgamento perante Deus, ficariam aterrorizados diante de Sua majestade (v. 11), porque a sabedoria deles tem o valor  de palavras escritas em um papel queimado e sua argumentação de defesa tão frágil quanto a escudos de barro (v. 12).

Jó pede aos seus amigos para se aquietem para que ele possa falar, porque ele está pronto a suportar as consequências do que dirá (v. 13). Ele não se calará, ainda que com risco de vida (v. 14), porque sabe que mesmo que morra por suas palavras ainda assim poderá contar com a misericórdia e a salvação de Deus (v. 15, 16). Jó quer que seus amigos prestem atenção ao que ele tem a dizer (v. 17). “Sei”, diz ele, que se comparecer diante de Deus, “serei justificado" (v. 18).

Jó, então, pede ao Senhor apenas duas coisas: (a) que afaste dele a Sua mão que o castiga e (b) que estes castigos aterrorizantes não interrompam, a comunicação entre Deus e ele e entre ele e Deus (v. 20, 21).
Apesar dos fatos o deixarem confuso, Jó sabe que Deus o mantém em Suas mãos e o cerca com a verdade. Devemos também ter esta mesma certeza. Ele manifesta desejo se comunicar com Deus (v. 22) que poderia ser expresso na linguagem de hoje: “Ligue-me e eu responderei ou eu falo e você responde.” 

Como Jó, peçamos que Deus nos faça  conhecer nossa transgressão (v. 23) que nos priva de desfrutar as bênçãos do companheirismo e amizade com Ele (V. 24). Jó sabe que Deus não desperdiça seu tempo com  árvores secas (v. 25). Se sentimos culpa, ainda temos esperança. Jó sabe que seus pecados estão registrados e  se pergunta se agora está herdando os pecados de sua juventude (v. 26). Caso Deus esteja fazendo isso, Jó argumenta que seria o mesmo que amarrar as pernas de um homem de forma que ele não conseguisse andar (v. 27). Jó argumenta que um homem não pode viver preso ao que fez de errado no passado. Se assim fosse, o homem, se decomporia como algo podre ou como uma peça de roupa comida pelas traças (v. 28).

Querido Deus,
Somos inspirados pela fé de Jó. Te pedimos que, enquanto ainda temos oportunidade, nos revele o mal que acariciamos, aquilo que nos impede de nos impede de fruirmos plenamente as bênçãos do relacionamento conTigo, hoje e sempre. Amém

Koot van Wyk
Kyungpook National University 
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap JAQ/JDS



Texto bíblico: Jó 13

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