domingo, 20 de outubro de 2013

Salmo 74

Comentário devocional:

Talvez nada desperte mais a ira de um povo quanto a depreciação de seu Deus e a profanação de seu lugar de culto. Cerca de 150 anos antes de Cristo, Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém e provocou a ira dos judeus, sacrificando um porco no Lugar Santíssimo.
 
Ainda hoje hindus, muçulmanos e cristãos brigam por templos, mesquitas e igrejas destruídas ou profanadas.

A oração do Salmo de hoje foi proferida por alguém que lamentava profundamente a profanação do Templo. Inimigos de Deus – provavelmente os babilônicos - invadiram os lugares santos e destruíram os painéis esculpidos em busca do ouro dos entalhes. Símbolos e estandartes pagãos se levantaram no templo e o santuário foi queimado até ao chão (versos 4-8), profanando assim o lugar onde o nome de Deus habitava.

Embora amargurado pela destruição do maior símbolo e centro da religião judaica e sem entender o porquê de Deus não agir em defesa de seu povo e de Seu templo (v. 1, 10, 11), o salmista relembra as bênçãos e livramento do passado, quando Deus abriu o mar Vermelho e o rio Jordão (v. 13-16) e isto lhe dá conforto e esperança (v.12). 

Seu pensamento se amplia ao abranger o poder criador e mantenedor de Deus na natureza (v. 16,17), e reconhece, então, que a causa é de Deus e que é a Sua honra que está em jogo. E confia a Deus o defender de Sua causa e de Seu povo, comparado a uma rola indefesa (v. 19), e a retribuição justa a todos.

Muito embora devamos zelar pelo lugar de culto e pela honra de Deus, não podemos esquecer que é a Ele que cabe julgar motivos e propósitos (v. 23) e que a vida do transgressor também Lhe é muito preciosa. 

Não deixemos que nosso - correto - zelo por coisas e valores sagrados envenene nossa alma e nos afaste do espírito de paz e comunhão com o Eterno. Este é o maior dano que podemos infligir a Deus e a nós mesmos.

Gordon Christo
Índia
 
Traduzido e adaptado por JDS/JAQ/GASQ





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