domingo, 30 de novembro de 2014

O livro de Marcos

Análise
O segundo evangelho é muito distinto quanto ao caráter. ... Rapidez de ação é sua característica principal. As narrativas passam rapidamente de um acontecimento para outro. O evangelho de Marcos tem muito bem sido chamado de filme do ministério de Jesus.

Vivacidade de detalhes é outra característica notável. Embora Marcos seja o mais breve dos quatro evangelhos, frequentemente inclui detalhes vívidos que não podem ser encontrados nos relatos de Mateus e Lucas sobre os mesmos acontecimentos. Considerável atenção é dada à aparência e aos gestos de Jesus.

Uma terceira característica proeminente é a descrição pitoresca. No relato de Marcos sobre a distribuição de pão para os cinco mil, ele nos diz que o povo se assentou em "grupos" a relva verde. O vocábulo grego significa "canteiros de flores", e reflete a bela paisagem de grupos de pessoas trajadas com roupas brilhantes, vermelhas e amarelas, à moda oriental, assentadas no tapete verdejante das faladas da colina.

O evangelho de Marcos é proeminentemente o evangelho da ação. Inclui somente um dos longos discursos de Jesus (o discurso do monte das Oliveiras) mas demora-se sobre os Seus feitos. Fornece-nos mais as obras do que as palavras de Cristo. Marcos registra dezoito dos milagres de Jesus, mas apenas quatro de Suas parábolas.

Essa ênfase sobre a ação é apropriada num evangelho escrito provavelmente em Roma, e visando primariamente aos romanos. Marcos apresenta dez latinismos e apresenta um número de referências ao Antigo Testamento menor do que os dos outros escritores evangélicos. Ele explica os costumes dos judeus para os seus leitores romanos. Nem ao menos usa a palavra "lei", que ocorre por oito vezes em Mateus, por nove vezes em Lucas, e por quinze vezes em João.

Devido ao fato que Marcos escreveu para os romanos, omitiu toda referência à genealogia e infância de Jesus. Os romanos interessavam-se mais em poder do que em descendência. Por isso é que, em marcos, Jesus é apresentado como o grande Conquistador - da tempestade, dos demônios, das enfermidades e da morte. ... 

Embora o evangelho de Marcos seja primariamente histórico, também recebe forte coloração teológica. O primeiro versículo nos dá a nota chave: "...evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus". Por muitas e muitas vezes, a divindade de Jesus é enfatizada, quer explícita quer implicitamente. Ele é o filho de Homem, o Messias, Aquele por Quem os séculos haviam esperado. Em uma das mais vigorosas passagens teológicas dos evangelhos sinóticos, Jesus é citado a declarar que o Filho do Homem veio para "dar a Sua vida em resgate por muitos" (10.45).


Data
A maioria dos eruditos sustenta que é o primeiro dos evangelhos canônicos escritos. Pode ser datado com segurança entre 50 e 70 d.C [antes  da destruição de Jerusalém]. Bíblia Shedd


Autor
Embora não haja no livro nenhuma prova intrínseca inequívoca da autoria, a igreja primitiva foi unânime em testemunhar que esse evangelho fora escrito por João Marcos. A comprovação mais importante provém de Papias (c. 140 d.C.), que cita uma fonte ainda mais antiga,. Biblia de Estudo NVI Vida.


Mensagem
O Evangelho de Marcos tem sido chamado de um história da Paixão (sofrimento e morte de Jesus) com uma extensa introdução. Quase metade de Marcos é dedicada aos ensinos de Jesus sobre o Messias sofredor (e aos sofrimentos aos quais os discípulos deveriam se submeter);e o terço final é dedicado à última semana da vida de Jesus na terra. A primeira metade (que chega ao clímax com o reconhecimento de Pedro de que Jesus era o Cristo em 8:29), se apressa em um passo rápido (note o uso frequente do advérbio "imediatamente"), com muito pouco ensinos e muitos milagres. . ...

Apesar de Marcos não esboçar uma teologia sistemática de Jesus (uma Cristologia), seu Evangelho aborda esta questão, particularmente através do uso dos títulos de Jesus. Estes incluem: "Filho de Deus", "Filho do Homem", em "Messias/Cristo". ...

Marcos é único entre os evangelistas a destacar o que tem sido identificado como o "segredo messiânico". Na primeira metade do Evangelho de Marcos, particularmente, Jesus adverte Seus discípulos ou uma pessoa em quem operou um milagre a manter silêncio e não contar a ninguém o que Ele fez ou sobre quem Ele realmente era. ... Isso parece indicar que Jesus não desejava uma proclamação errônea de quem Ele realmente era. Além disso, Marcos parece indicar que os seguidores de Jesus não entenderam a messianidade de Jesus antes da Sua crucificação e ressurreição.

Para aqueles que aguardam a Volta de Jesus, nenhum outro tema tem significado especial. No Evangelho de Marcos, o tema do Grande Conflito (conflito entre o bem e o mal) é evidente do começo ao fim. Jesus está em constante batalha com as forças do mal: com o próprio Satanás (1:12-13), com endemoniados (e.g., 1:21-27), com forças da natureza (6:45-51), com líderes religiosos (2:1-3:6), e com Sua própria família (3:20-21, 31-35). Este Evangelho nos avisa que o discipulado de Cristo, especialmente ao final dos tempos, significará sofrimento e conflito. Em meio disto, devemos vigiar (13:37) enquanto fixamos nossos olhares no grande evento do Retorno de Jesus. Andrews Study Bible.

Marcos 1

Comentário devocional:

Marcos começa seu Evangelho descrevendo o ministério de João Batista a preparar o caminho para Jesus. Há um sentimento de grande expectativa nas palavras de João no verso 7: "Depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de curvar-me e desamarrar as correias das suas sandálias." (NVI). Essa expectativa se cumpriu quando Jesus veio ao rio Jordão para ser batizado por João.

Claramente Jesus, o perfeito Filho de Deus, não precisava do batismo. E João sentia-se indigno de batizá-lo (Mateus 3:14). Mas Jesus insistiu em ser batizado como um exemplo para nós (EGW, O Desejado de Todas as Nações, p 111).

No dia do seu batismo, Jesus deu um exemplo ainda mais importante para nós:  Sua completa submissão a Seu Pai como expresso em Sua oração (Lucas 3: 21,22). Imediatamente após o Seu batismo, Jesus exemplifica a vida de entrega total que somos convidados a viver. Jesus estava iniciando Seu ministério. Sua missão estava diante dEle. Ele estava dando início a um reino que era o oposto do que as pessoas esperavam. Ele iria enfrentar a rejeição e oposição em cada movimento que fizesse. Ele enfrentou a cruz e a possibilidade de separação de Seu próprio Pai. Jesus entregou tudo isso em oração ao Pai (Idem, DTN, 111).

A resposta afirmativa do Pai registrada no verso onze: "“Tu és o Meu Filho amado; de Ti Me agrado” (NVI), incentivou Jesus em Sua missão. E depois dos primeiros discípulos aceitarem o convite de Jesus para segui-Lo (versos 14-20), eles também iriam aprender a entregar suas vidas nas mãos do Pai para que pudessem cumprir a sua missão.

Devemos fazer o mesmo. Ao fazermos isso, a voz do Pai nos dirá: "Este é o Meu filho amado, em quem me comprazo" (DTN, 113).

David Smith 
Pastor Sênior, Church University Collegedale, 
Tennessee, EUA



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mrk/1/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Marcos 1 

Comentário em áudio 

sábado, 29 de novembro de 2014

Vamos ler juntos o livro de Marcos?

Foi muito bom lermos juntos o livro de Mateus.
Que tal lermos novamente sobre a vida de Jesus, agora pela ótima de Marcos?


Mateus 28

Comentário devocional:

O Evangelho de Mateus chega ao seu clímax com a ressurreição de Cristo. Cristo venceu! A morte e a injustiça não podem derrotá-lo! 

Os líderes religiosos que deveriam ter recebido e anunciado a boa notícia negam o túmulo vazio e subornam os soldados para espalharem uma mentira. Aqui, novamente, questões de poder e identidade estragam a cena.

Em nítido contraste, duas mulheres fora das estruturas de poder, Maria Madalena e "a outra Maria", são as primeiras pessoas a receber a tarefa de difundir o Evangelho. Isso mostra que a proclamação das boas novas acerca de Jesus é trabalho de todos os crentes, independentemente da condição sócio-econômica ou eclesiástica. Estas mulheres foram orientadas a dizer para "os discípulos" irem encontrá-Lo na Galileia (vs 7, 10). Os discípulos (vs 16) obedeceram a mensagem enviada através das mulheres, e foram para o monte que Jesus tinha especificado.

Quando todos estavam reunidos no monte, Jesus anuncia que tem todo o poder no Céu e na Terra, e por isso, comissiona Seus discípulos a irem por todo o mundo e fazerem discípulos de todas as nações. Os dois componentes-chave para a formação de discípulos são o batismo e o ensino de tudo aquilo que Cristo ensinou. Observe que os discípulos de Cristo não estão autorizados a ensinar o que bem entendem. Eles devem ensinar o que Cristo ensinou, ou seja, os ensinamentos bíblicos. Assim, não há nenhuma autoridade inerente no mensageiro. Em vez disso, a mensagem é que tem autoridade em virtude de Quem a originou. 

Jesus tem toda autoridade no céu e na terra, porque Ele é Deus. Assim, em Sua autoridade, não em nós mesmos, saímos ao mundo com a Sua mensagem, formando mais discípulos para seguir o divino Cristo ressuscitado.

Stephen Bauer, Ph.D.
Professor de Teologia e Ética
Universidade Adventista do Sul


Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/28/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Mateus 25 

Comentário em áudio 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Mateus 28 - Comentários selecionados

1 No findar do sábado. Do gr. opse de sabbaton. ... E. J. Goodspeed conclui que "o sentido claro da passagem é: depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana". CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 599.

no primeiro dia da semana. Do gr. mia sabbaton. A palavra sabbaton ... significa tanto "sábado", o sétimo dia da semana, quanto "semana" ...[como em Lc 18:12; 1Co 16:2). Sem qualquer base gramatical, alguns interpretam  mia sabbaton como "o primeiro dos sábados" e concluem que Mateus aqui designa o domingo da ressurreição como a primeira ocasião em que o caráter sagrado do sábado foi transferido para o primeiro dia da semana. No entanto, estudiosos do grego jamais tentaram defender a santidade do domingo com base nesta tradução gramaticalmente incorreta de Mateus 28:1.  CBASD, vol. 5, p. 600.

A contagem de Mateus deixa claro que o primeiro dia da semana seguiu ao sábado, que, por suas vez, seguiu ao dia da preparação (27.62) que foi sexta-feira. Isto deixa claro que décadas após a ressurreição, quando Mateus escreveu seu evangelho, o domingo ainda era o primeiro dia da semana (e não havia sido mudado para o "Sábado") e que o sétimo dia ainda era observado como o Sábado, de acordo com os mandamentos e práticas bíblicas desde a Criação. Andrews Study Bible.

No domingo de madrugada verificou-se o milagre da ressurreição, da vitória sobre a morte pela intervenção divina. Bíblia Shedd.

foram ver o sepulcro. Naquela estação do ano astronômico, o amanheceer começava cerca de 5h30 da manhã. Se Maria Madalena acordou na hora em que começava a clarear o dia (ver Jo 20:1) e caminhou de Betânia ao Calvário, ela teria chegado por volta do nascer do sol (ver Mc 16:1, 2; cf Jo 20:1). CBASD, vol. 5, p. 600.

2 sobreveio (NVI). O significado é "sobreviera". Fica claro nos relatos correspondentes (Mc 16.2-6; Lc 24.1-7; Jo 20.1) que os acontecimentos dos v. 2-4 tinham ocorrido antes da chegada das mulheres ao túmulo. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Cada um dos quatro evangelistas dá sua própria versão dos acontecimentos rápidos e intensos da manhã da ressurreição. ... As diferenças aparentes não são devido a discrepâncias entre os relatos, mas sim à brevidade das narrativas. CBASD, vol. 5, p. 601.

um grande terremoto. Somente Mateus menciona esse terremoto e o ocorrido por ocasião da morte de Jesus (27.51, 54). Bíblia de Estudo NVI Vida.

um anjo. Lucas 24:4 fala de dois anjos, dos quais Mateus menciona apenas um. ... O fato de o outro não ser mencionado não deve ser tomado como uma negação de sua presença. CBASD, vol. 5, p. 601.

6 Ele não está aqui. O túmulo vazio proclamava a ressurreição de Jesus. Tudo que as autoridades judaicas precisavam fazer para refutar a ressurreição de Jesus era preservar o corpo morto do Salvador. Se pudessem, eles certamente fariam isso. CBASD, vol. 5, p. 601.

9 Salve! Literalmente, "seja feliz", ou "se alegre". Esta era uma forma comum de saudação (cf Mt 26:49; 27:29; Lc 1:28; At 15:23; Tg 1;1). CBASD, vol. 5, p. 601.

10 Não temais! Uma admoestação comum feita pelos visitantes celestiais (ver Mt 28:5; cf Lc 1:13, 30). CBASD, vol. 5, p. 601.

13 Vieram de noite os discípulos. Se esta acusação fosse verdadeira, os sacerdotes que fabricaram a mentira provavelmente teriam sido os primeiros a pedir punição severa para os soldados envolvidos no suposto caso de negligência. ... A morte era a pena romana para quem permitisse a fuga de um prisioneiro. Sabendo disso, a guarda não teria dormido. Além disso, é inconcebível que todos os soldados tivessem adormecido ao mesmo tempo e que permanecessem adormecidos durante a remoção da pedra e do corpo de Jesus. CBASD, vol. 5, p. 602.

13-15  A burla dos judeus. Agostinho propõe o seguinte argumento: "dormindo ou acordados: Se acordados, porque deixaram alguém roubar o corpo de Jesus? E se dormindo: como poderiam declarar que foram os discípulos que furtaram o corpo de Jesus?" Em ambas as circunstâncias seriam condenados à morte, se não fosse o interesse dos líderes, em encobrir o fato da intervenção divina. Bíblia Shedd.

15 como estavam instruídos. Durante vários séculos, esse relato fabricado do túmulo vazio apareceu em ataques judeus e pagãos ao cristianismo. Justino Mártir, na metade do 2º século, e Tertuliano, no início do 3º , o mencionam. CBASD, vol. 5, p. 602.

16 onze. Judas Iscariotes se suicidara (27.5). Bíblia de Estudo NVI Vida.

17 duvidaram. Isto não se refere aos onze, os quais estavam então convencidos, mas a outros, entre os 500 crentes reunidos na encosta da montanha, muitos dos quais nunca tinham visto Jesus (DTN, 819). CBASD, vol. 5, p. 603.

18 Toda a autoridade. Nesse momento, Ele retomou toda a autoridade que exercia antes de vir a terra para assumir as limitações da humanidade (cf Fp 2:6-8). CBASD, vol. 5, p. 603.

19 Ide. Os v. 19 e 20 constituem o grande fundamento da missão cristã. No pronome "vós" (subentendido em português), Cristo incluiu todos os crentes até o fim dos tempos (ver DTN, 822; cf 819). Como discípulos, os onze foram alunos na escola de Cristo. Como apóstolos, eles foram então enviados a ensinar aos outros (ver com. de Mc 3:14). CBASD, vol. 5, p. 603.

19-20 fazei discípulos de todas as nações. Apesar de Mateus escrever especificamente para judeus, sua intenção era mostrar que a boa nova de Jesus Cristo é universal, internacional e inclusiva. Ele inicia seu evangelho incluindo mulheres, não-judeus e pessoas com manchas no caráter em sua genealogia ... e encerra não apenas destacando o envio das mulheres com as boas novas (28:5-8), mas comissionando os discípulos a levar as boas novas a todas as nações e todas os povos e fazer deles discípulos por meio do batismo no nome singular do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Andrews Study Bible.

O cristianismo foi a primeira religião a assumir um caráter verdadeiramente mundial. ... O cristianismo desfaz efetivamente todas as barreiras de raça, nacionalidade, sociedade, economia e costumes. CBASD, vol. 5, p. 603. 

Espírito Santo. Ver com. de Mt 1:18; sobre o ofício e a obra do Espírito Santo, ver Jo 14:16-18. A natureza do Espírito Santo é um mistério divino, sobre o qual as Escrituras não consideram sábio especular. CBASD, vol. 5, p. 603.

20 ensinando-os. A aceitação do evangelho de Cristo envolve a ação da inteligência. ... Conceitos do cristianismo que fazem da conversão e da salvação um mero assentimento à fé em Jesus Cristo como salvador, por mais importante que seja, omitem a parte mais importante da comissão evangélica. É essencialmente importante ensinar às pessoas, ao batizá-las, a observar as coisas que cristo ordenou. ... Sem o exercício das faculdades mentais para entender a vontade revelada de Deus, não pode haver cristianismo verdadeiro, nem crescimento real. A instrução é, portanto, de importância vital antes e depois do batismo. CBASD, vol. 5, p. 604.

todas as coisas. Nada deve ser omitido. Não cabe ao ser humano declarar que alguns dos ensinamentos de Cristo estão fora de moda. CBASD, vol. 5, p. 604.

que Vos tenho ordenado. Tradições e exigências humanas são de nenhum valor diante de Deus. Qualquer ensinamento sem a autoridade de Cristo não tem lugar na igreja cristã. Jesus fez uma distinção vital entre o "mandamento de Deus" e a "tradição dos homens". CBASD, vol. 5, p. 604.

estou convosco. Mateus termina citando as palavras confortantes e fortalecedoras de Jesus, que veio à terra para ser "Deus conosco". Bíblia de Estudo NVI Vida.

A promessa da continuada presença divina é a chave de ouro que encerrará vários livros da Bíblia (cf Êx 40.38; Ez 48.35; Ap 22.20). Bíblia Shedd.

... pela virtude do Espírito Santo, Jesus estaria mais perto dos crentes em todo o mundo do que sera possível se permanecesse como antes, na terra (ver Jo 16:7). ... Através do dom e da orientação do Espírito Santo, cada discípulo do Mestre pode encontrar comunhão com Cristo, como o fizeram os discípulos no passado. CBASD, vol. 5, p. 604.

A consumação do século. Ou, "o fim do mundo". CBASD, vol. 5, p. 604.

Convite a repartir as bênçãos

Amado irmão, amada irmã!


Temos tido uma média de 2.000 acessos em nosso blog "ReavivadosPorSuaPalavra.org". 

Além disso, hoje tivemos a bênção de chegarmos a 1.500 inscritos a receber os novos posts em seus e-mails (newsletter).

Louvado seja Deus por este interesse em Sua Palavra!


Cremos, entretanto, que podemos alcançar ainda mais pessoas para a glória do Reino dos céus.

Que tal você enviar um email a pelo menos um amigo especial convidando-o a participar conosco do estudo do livro de Marcos?

Conte a ele as bênçãos que você tem recebido ao participar deste programa de leitura da Bíblia!

Com a sua divulgação novas pessoas poderão também ser "Reavivadas Pela Palavra de Deus"!


Obrigado por sua companhia e apoio.

Equipe Reavivados

Mateus 27

Comentário devocional:

Este capítulo registra o julgamento de Jesus perante Pilatos, bem como a Sua crucificação, morte e sepultamento. Também neste capítulo se encontra o suicídio de Judas. O grande ato de Cristo em sofrer e morrer por nossos pecados nos toca profundamente. Ao mesmo tempo, as histórias de Judas, Barrabás, e Pilatos podem nos trazer importantes lições morais.

Judas havia servido a Cristo por muito tempo, na esperança de alcançar uma alta posição social no novo reino messiânico. Quando Cristo escolheu não usar seu poder divino para Se livrar de seus perseguidores, Judas percebeu que Cristo seria crucificado. Então ele viu cairem por terra suas esperanças de utilizar Jesus e Sua religião para ganhar destaque e importância. Seu desencanto com o verdadeiro propósito de Cristo culminou com seu suicídio.

Como Judas, a multidão queria um Messias que os elevasse acima dos romanos, tornando-os os governantes do mundo. Assim, na escolha entre um pacificador Jesus e um lutador experiente, como Barrabás, eles escolheram o lutador, pois este mais provavelmente os ajudaria a alcançar suas ambições mundanas. Vemos aqui, novamente, como os valores com os quais a pessoa se identifica podem cegar o seu discernimento espiritual e moral, abrindo caminho para racionalizar qualquer injustiça ou imoralidade em nome da preservação de seus sonhos. 

Finalmente, Pilatos. Ele sabia que Jesus era inocente, entretanto o entregou para ser cruelmente tratado e açoitado apenas para tentar satisfazer uma multidão indisciplinada e conservar o seu poder como governador. Esta primeira concessão falhou em acalmar a turba e, para evitar um tumulto, ele entrega um homem inocente para a execução mais cruel. Por quê? Para ele, preservar seu status como governador era mais importante do que a moralidade ou a justiça. Quão facilmente a manutenção do status pessoal e o auto interesse cegam as pessoas mais experientes e mais bem informadas para as coisas espirituais.

Muitos de nós almejamos a estabilidade financeira e o reconhecimento social que a posição e o poder podem conferir. Estejamos alerta, entretanto, para que estas coisas não nos afastem do caminho da justiça e do dever. Entreguemos cada um de nossos sonhos e planos ao senhorio de Cristo. Esse caminho é o único que pode trazer a verdadeira felicidade.

Stephen Bauer, Ph.D. 
Professor de Teologia e Ética 
Southern Adventist University




Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/27/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Mateus 27 

Comentário em áudio 

Mateus 27 - Comentários selecionados

1 Ao romper do dia (De manhã cedo NVI). O Sinédrio não podia ter reunião juridicamente válida à noite, de modo que houve mais uma reunião, ao raiar do dia, para oficializar a pena de morte (v. 26.66). Bíblia de Estudo NVI Vida

2 e o entregaram ao governador Pilatos. O Sinédrio tinha sido destituído pelo governo romano do direito de executar a pena de morte, a não ser no caso de um estrangeiro que invadisse o recinto sagrado do templo.  Bíblia de Estudo NVI Vida.

governador. Do gr. hegemon, mais precisamente traduzido por "procurador". Uma hegemon era uma ordem equestre romana nomeada por César e que respondia diretamente a ele. A residência oficial do procurador romano, ou "governador" ficava em Cesareia [cidade portuária junto ao mar Mediterrâneo]. No entanto, especialmente nos dias das grandes festas judaicas, quando havia milhares de peregrinos em Jerusalém, era costume do "governador" deslocar-se temporariamente para Jerusalém, a fim de protegê-la de qualquer desordem. Havia sempre a possibilidade de uma revolta popular contra Roma, e uma ocasião como a Páscoa era a oportunidade ideal para os judeus suscitarem uma insurreição. CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 586, 587.

Flávio Josefo (37 d.C. - início do segundo século), historiador judeu que viveu na época da revolta contra Roma, narra vários atos da estultícia de Pilatos, que desviava fundos do templo, e massacrou uns samaritanos sem motivo justo, sendo finalmente deposto pelos romanos. Segundo Eusébio, foi levado ao suicídio entre 31 e 41 d.C. Bíblia Shedd.

3 tomado de remorso. O remorso de Judas não é a mesma coisa que arrependimento. Bíblia de Genebra.

O arrependimento de Judas era como o de Esaú, um remorso não acompanhado de uma mudança de mente. CBASD, vol 5, p. 587.

4 Que nos importa? Isso é contigo. Esta tentativa de transferir a responsabilidade não é mais eficaz do que a de Pilatos no v. 24. Bíblia de Genebra.

O Sinédrio ignorou o novo depoimento introduzido forçosamente no julgamento pela confissão de Judas. Sua confissão deve ter envergonhado muito os líderes, cuja cumplicidade na conspiração se tornou então pública. Era evidente que haviam subornado Judas, e este ato era uma violação direta das leis de Moisés (ver Êx 23:8). CBASD, vol 5, p. 587.

6 é preço de sangue. Os sacerdotes se negaram a colocar as trinta moedas de prata de volta no tesouro do templo, mas estavam ansiosos para derramar o sangue inocente que tinham comprado com esse valor. Eles manifestaram um escrúpulo semelhante quando se recusaram a entrar na sala de Pilatos a fim de não se contaminarem e, assim, ficarem impedidos de comer a Páscoa (Jo 18:28). CBASD, vol 5, p. 587.

11 Tu o dizes. Isto é equivalente a "sim". CBASD, vol 5, p. 588.

15 costumava o governador soltar. A anistia para os presos políticos em tempo de festival era uma prática de origem pagã (ver DTN, 733). Era uma demonstração da política conciliatória de Roma para com o povo das províncias subjugadas, a fim de ganhar a simpatia do povo. CBASD, vol 5, p. 588.

16 Barrabás. Evidências textuais ... apoiam a variante "Jesus Barrabás" (NTLH). Pilatos ofereceu ao povo a escolha entre um pretenso salvador político (ver DTN, 733) que prometeu livramento da tirania de Roma, e o Salvador do mundo, que viera para ssalvar as pessoas da tirania do pecado. Eles preferiram submissão à liderança de Barrabás em vez de aceitar a liderança de Cristo. CBASD, vol 5, p. 588.

17 chamado Cristo. A proposta de libertar Jesus dava a entender que, para fins de negociação, Pilatos reconhecia Jesus como um prisioneiro, culpado das acusações feitas contra Ele, que, como tal, era elegível para a anistia com base no costume. CBASD, vol 5, p. 589.

20 persuadiram o povo. Grande parte do apoio popular a Jesus vinha da Galileia e da Pereia, onde ele havia ministrado havia pouco tempo. Os peregrinos dessas regiões dormiam fora da cidade e ainda não tinham entrado, naquela hora da manhã. Os líderes temiam uma tentativa de libertar Jesus por parte desses peregrinos (ver com. de Mt 26:59). ... Pilatos antecipou que alguns dos amigos de Jesus falariam em nome dEle. Aparentemente, ele não sabia que a multidão diante do tribunal era composta, se não totalmente, de homens hostis ou pelo menos indiferentes em relação a Jesus. Por essa razão, o ardil de Pilatos falhou, sem dúvida, para sua grande surpresa e desgosto. CBASD, vol 5, p. 589.

22 Que farei [...]? Pilatos não teve coragem moral de dar o veredito que ele sabia ser o certo. CBASD, vol 5, p. 589.

23 Que mal fez Ele Pilatos, representando o poder de Roma imperial, estava discutindo a questão com a turba de Jerusalém! Não só isso, ele estava perdendo a discussão! CBASD, vol 5, p. 589.

25 Caia sobre nós o Seu sangue e sobre nossos filhos. Deus não pune os filhos pelos pecados dos pais; no entanto, os resultados das decisões e ações erradas têm seu efeito natural em gerações posteriores (ver Êx 20:5; ver com. de Ez 18:2). No cerco de Jerusalém, em 70 d.C., uma geração depois da crucificação ..., os judeus sofreram o resultado inevitável da decisão tomada no dia em que quebraram a aliança (ver DTN, 739) com a declaração: "não temos rei, senão César" (Jo 19:15). Como um povo, eles têm sofrido por quase 19 séculos desde então. CBASD, vol 5, p. 590.

26 O açoite romano era aplicado com um chicote com muitos fios, nas extremidades dos quais pedaços de ossos eram presos. Os prisioneiros frequentemente morriam com este castigo. Bíblia de Genebra.

27 pretório. Residência oficial do governador em Jerusalém. Bíblia de Estudo NVI Vida.

28 manto. Lit., a "capa" de um soldado romano. Bíblia de Genebra.

O sobretudo de um oficial romano. Bíblia de Estudo NVI Vida.

29 uma coroa. Do gr. stephanos, em geral, "coroa de vitória". Uma stephanos geralmente consistia de uma guirlanda de folhas ou flores, como um possível prêmio aos vencedores em competições atléticas e na guerra. Mal sabiam os algozes de Jesus quão apropriado foi Dar-Lhe uma coroa de vitória; pois, neste caso, Aquele que a usava, por Sua morte, triunfou sobre os "principados e potestades" (Cl 2:15) e conquistou a maior vitória do tempo e da eternidade. CBASD, vol 5, p. 591.

32-37 A crucificação causava uma morte lenta e agonizante. É provável que os pregos fossem fincados nos punhos, ao invés de nas palmas nas mãos. O peso do corpo suspenso tornava a respiração difícil e dolorosa. Os esforços involuntários das pernas para aliviar a pressão aumentavam enormemente o sofrimento dos pés. Esta terrível experiência continuava até que a vítima, totalmente exaurida, não podia mais respirar; isto poderia durar vários dias. Bíblia de Genebra.

A crucificação era a pior punição daquela época e era reservada para escravos e estrangeiros. Era extremamente doloroso e cheio de vergonha emocional ... porque eram usualmente despidos de suas roupas. A morte vinha lentamente, frequentemente após muitos dias, porque nenhum dos órgãos vitais era afetado. A morte de Jesus não foi usual, porque levou apenas algumas horas para que ele expirasse. A explicação mais razoável para isso é que Ele tenha morrido de coração partido. Andrews Study Bible.

34 com fel. Reza a tradição que as mulheres de Jerusalém tinham por hábito fornecer este analgésico para diminuir a dor dos presos ao serem crucificados. Jesus recusou-se a bebê-lo porque queria permanecer de todo consciente até a sua morte. Bíblia de Estudo NVI Vida.

35 repartiram entre si as Suas vestes. Esta ação cumpriu o Sl 22.18, como se torna explícito em Jo 19.23-24. Os eventos que envolveram a crucificação de Jesus incluem numerosos cumprimentos do Sl 22. Bíblia de Genebra.

37 O REI DOS JUDEUS. A tabuleta no alto da cruz especificava o crime. Pilatos estava insultando os líderes judeus, mas a ironia dessa verdade estava clara a toda Igreja Primitiva. Bíblia de Genebra.

38 O termo traduzido por "ladrões" é uma palavra que Josefo usa para rebeldes. Ladrões não eram comumente crucificados. Talvez estes dois fossem do bando de Barrabás (Mc 15.7). Bíblia de Genebra.

40 se és. Estas palavras são uma reminiscência do desafio proferido por Satanás quando ele se aproximou de Cristo no deserto da tentação. ... Mais uma vez, falando por meio de homens possuídos por demônios, Satanás procurou atingir a fé que Jesus tinha em Seu Pai celestial (ver DTN, 733, 746, 760).

45 Desde a hora sexta até a hora nona. Do meio dia até às três horas da tarde. Bíblia de Genebra.

46 por que me desamparaste. O grito desolado de Jesus é o cumprimento do Sl 22.1, mostrando a profundidade do sofrimento que ele experimentava ao sentir-se separado de Seu Pai. Posteriormente, os apóstolos perceberam que Jesus estava suportando o horror da ira do juízo de Deus sobre o pecado. Este foi, de todos, o mais agonizante dos sofrimentos daquEle cujo relacionamento com o Pai era perfeito em amor. Bíblia de Genebra.

o véu ... se rasgou. O véu do templo era uma cortina que separava o Santo dos Santos do resto do Santuário. Simbolizava a impossibilidade de o homem se aproximar de Deus (Hb 8.9). A morte de Jesus foi o Seu sacrifício no altar celestial (Hb 9.12, 24-25), que abriu o caminho até Deus (Hb 10.19-20), removendo o véu. O céu tinha sido aberto através do sacerdócio real e Cristo (1Pe 2.9). Bíblia de Genebra.

50 entregou o espírito. Depois destas palavras, Lucas diz que Jesus expirou (Lc 23:46); abriram-Lhe o lado com uma lança (Jo 19:31-37). O que verteu do lado de Jesus foi uma mistura de sangue coagulado e de soro (este possui a aparência de água). Esta situação surge no caso de ruptura do coração, quando o sangue acumula-se no pericárdio (o tecido celular que reveste o exterior do coração). A tortura mental, espiritual e física pode muito bem ter provocado o rompimento do coração, o que provocou de Jesus este único clamor. Bíblia Shedd.

51 o véu do santuário. A cortina que dividia o santuário do Santo dos Santos, para onde ninguém podia penetrar senão o sumo sacerdote, e este só no dia da expiação. O acontecimento seria uma tragédia para os judeus, mas simbólico para os crentes: em Cristo está abolida toda e qualquer separação entre o adorador e seu Deus (Jo 14.6). Bíblia Shedd.   

52 ressuscitaram. Deve-se notar que, embora os túmulos tenham sido abertos no momento da morte de Cristo, os santos não ressuscitaram até o momento de Sua ressurreição (Mt 27:53). Quão apropriado foi que Cristo trouxesse consigo do túmulo alguns dos prisioneiros a quem Satanás havia mantido no cárcere da morte. Esses mártires saíram com Jesus imortalizados e, depois, subiram com Ele para o Céu (ver DTN, 786). CBASD, vol 5, p. 595

A ressurreição de "muitos ... santos", ainda que mencionada aqui, para mostrar a conexão com o rompimento do véu ocorreu depois da ressurreição de Jesus. Esta ressurreição era o cumprimento simbólico de Dn 12.2. Bíblia de Genebra.

55 muitas mulheres. Aquelas que tinham seguido a Jesus durante o Seu ministério na Galileia ficaram fieis até o fim, e até o novo começo (28.1; Jo 20.11-18). O perfeito amor lançou fora o medo (1Jo 4.18). Bíblia Shedd.

58 e lhe pediu. Nicodemos foi comprar especiarias a fim de embalsamar o corpo de Jesus (ver com. de Jo 19:39, 40); e, provavelmente, ao mesmo tempo, José foi ver Pilatos. ...Era preciso ter coragem para ir adiante e manifestar simpatia por um homem condenado e executado como traidor de Roma... A coragem de José e Nicodemos brilha em contraste com a covardia dos discípulos. ... Na mesma hora, os líderes dos judeus foram a Pilatos com o pedido de que o corpo de Jesus e dos dois ladrões devia ser retirado da cruz antes do sábado (Jo 19:31). A lei de Moisés exigia que corpos dependurados em madeiro fossem removido antes do pôr do sol (Dt 21:22, 23). ... No curso normal dos acontecimentos, Jesus, como um traidor de Roma, teria um enterro desonroso em um campo reservado aos mais vis criminosos (ver DTN, 773).

64 Este último engano será pior do que o primeiro (NVI). O primeiro seria que Jesus era o Messias; o segundo, que ressuscitara como o Filho de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Mateus 26

Comentário devocional:

Mateus 26 discorre sobre as horas finais da vida terrena de nosso Senhor. Neste capítulo encontramos a conspiração para matar Jesus, a Páscoa, a Ceia do Senhor, a traição e prisão de Jesus e a negação de Pedro. O simbolismo da Páscoa e da Ceia do Senhor são altamente familiares, portanto, vamos nos concentrar na dinâmica da conspiração para matar a Jesus.

Durante os mais de três anos de ministério público de Jesus, os líderes religiosos O haviam testado de todas as formas, mas não haviam conseguido enganá-lo ou apanhá-lo em contradição. Jesus viveu uma vida de inquestionável pureza moral e, no entanto, os sacerdotes e líderes religiosos, os autoproclamados guardiões da teologia e da moralidade judaica, fazem planos para matá-Lo, um homem inocente. Eles procedem deste modo porque Jesus foi percebido como uma ameaça ao poder deles sobre as pessoas. Que contrassenso! Os professores da moralidade divinamente revelada serem moralmente tão corrompidos!

Quando a religião torna-se uma ferramenta para o auto-engrandecimento e o poder, estabelece-se uma identidade ideológica que o seu possuidor se dispõe a defender ferrenhamente. Neste ponto, essa identidade se torna mais dominante na tomada de decisão moral do que a realidade ou mesmo a revelação divina. Qualquer ameaça a essa identificação será recebida com resistência feroz. O ensinamento de Jesus acerca do poder pessoal de que o maior deveria tornar-se servo é totalmente oposto a essa teologia e ética que favorece a dominação. 

Os ensinos e exemplo de Jesus seriamente desafiou a identidade sacerdotal como peritos revestidos de autoridade do céu, com poder sobre o povo. Para esses líderes religiosos, preservar a sua imagem como líderes espirituais e suas estruturas institucionais era tão importante que justificava o uso de todos os meios possíveis, morais ou imorais. 

Ao enfrentarmos discussões desafiadoras na igreja, devemos ser cuidadosos para que a identidade pessoal e empresarial não substitua o espírito dócil, que busca fazer a vontade do Senhor, qualquer que seja o custo. 

Somente a comunhão diária e a submissão de todos os aspectos de nossa vida ao Salvador nos permitirão colocar os conceitos e valores do reino de Deus acima dos nossos, para a Sua glória e a salvação de muitos. 

Stephen Bauer, Ph.D.
Professor de Teologia e Ética
Universidade Adventista do Sul



Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/26/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Mateus 25 

Comentário em áudio 

Mateus 26 - Comentários selecionados

1 todos estes ensinamentos. Ou seja, o discurso sobre os sinais da prometida segunda vinda, e as parábolas relatadas nos caps. 24 e 25. CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 555.

3-5 Trata-se de uma reunião do Sinédrio (Supremo Tribunal dos judeus) na época da Páscoa. Bíblia Shedd.

3-15 O mais provável ... é que os incidentes registrados nos v. 3 a 15 [O plano para tirar a vida de Jesus e a unção de Jesus em Betânia] tenham ocorrido na noite do sábado anterior. No entanto, Mateus os coloca aqui por causa de sua influência significativa na traição de Jesus. CBASD, vol. 5, p. 555, 556.

5 para que não haja tumulto. Centenas de milhares de peregrinos judeus subiam a Jerusalém para a Páscoa, e os tumultos eram uma possibilidade real. Os líderes religiosos sabiam que muitas pessoas admiravam Jesus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

8 indignaram-se os discípulos. João registra a objeção hipócrita de Judas (Jo 12.4-6) e Mateus indica que os outros concordaram com ele. Bíblia de Genebra.

14 Então ... Judas Iscariotes, indo ter. O sermão na sinagoga de Cafarnaum, cerca de um ano antes (Jo 6:22-65), tinha sido o ponto crucial na história de Judas (DTN, 719). Embora exteriormente ele tenha permanecido com os doze, em seu coração ele havia abandonado a Jesus. Aqui a exaltação por parte de Cristo do ato de devoção de Maria, no jantar de Simão, foi uma condenação indireta da atitude de Judas e o impulsionou à ação (DTN, 563, 564, 720). CBASD, vol. 5, p. 558.

15 eu vo-Lo entregarei. A oferta de Judas resolveu o dilema dos líderes em Jerusalém. Eles queriam silenciar Jesus, mas estavam paralisados pelo medo do povo (ver com. do v. 5). O problema deles era como levar Jesus em custódia sem provocar uma revolta popular em Seu favor. ... Judas proveu o elo que faltava na trama sacerdotal para prender Jesus de forma conveniente (Mc 14:11), "sem tumulto" (Lc 22:6; cf. Mc 14:1, 2). Não é admirar que os sacerdotes e anciãos "alegraram-se" (Mc 14:11). CBASD, vol. 5, p. 558.

trinta peças [moedas] de prata. Aproximadamente 120 dias de trabalho. Andrews Study Bible.

O valor legal do resgate de uma vida humana, o preço de um escravo. Bíblia Shedd.

17 pães asmos. Na época da Páscoa, celebravam-se sete dias de pães asmos (sem fermento), em memória da saída apressada do Egito, quando não se podia preparar pães para a viagem, e os israelitas levaram consigo a massa antes que levedasse (Êx 12.34). Durante esta época, removia-se qualquer sinal de levedura das casas, sinal de purificação da podridão do pecado (cf. 16.6). Bíblia Shedd.

18-30 Esses versículos mostram claramente que Jesus comeu a refeição da Páscoa com Seus discípulos na noite anterior à crucificação. Bíblia de Estudo NVI Vida.

20 a tarde. Jesus ia celebrar a Páscoa com um dia de antecedência, pois no dia oficial do feriado religioso nacional de Páscoa, Ele mesmo estaria sendo retirado, morto, da Cruz, o Cordeiro de Deus imolado. Bíblia Shedd.

23 comeu comigo do mesmo prato (NVI). Era costume - ainda praticado por alguns no Oriente Médio - pegar um pedaço de pão, ou de carne envolto em pão, e mergulhá-lo numa tigela de molho sobre a mesa (feito de frutas cozidas). Bíblia de Estudo NVI Vida.

há de me trair (NVI). Naquela cultura, assim como entre os árabes hoje, comer junto com uma pessoas equivalia a dizer: "Sou seu amigo e não lhe farei nenhum mal". Esse fato tornou o ato de Judas ainda mais desprezível. Bíblia de Estudo NVI Vida.

24 ai. O fato de as Escrituras terem predito a conspiração de Judas em nada o absolveu de sua responsabilidade pessoal no assunto. Deus não o havia predestinado a trair o Mestre. A decisão de Judas foi uma escolha deliberada de sua parte. CBASD, vol. 5, p. 558.

26-29 Na antiga aliança, a refeição da Páscoa era uma celebração do livramento de Israel da escravidão do Egito. Ao transformar Sua última refeição pascal na instituição da Ceia do Senhor, Jesus mostra o constante enfoque na redenção, através de toda a revelação de Deus. A Ceia do Senhor demonstra a continuidade essencial que há entre a antiga e a nova aliança, revelando que o verdadeiro significado da Páscoa está no livramento efetuado pela morte de Jesus. Bíblia de Genebra.

26 isto é o Meu corpo. No Catolicismo Romano, estas palavras são citadas como base da doutrina da transubstanciação, que ensina que os atributos físicos esternos do pão e do vinho permanecem imutáveis, enquanto a essência invisível é transformada no corpo e sangue de Cristo. Calvino e outros Reformadores reconheceram que os elementos (pão e vinho) representam o corpo e o sangue de Cristo [destaque acrescentado]. Jesus disse estas palavras estando fisicamente presente com os seus discípulos, de modo que uma identificação literal dos elementos com a substância física de Jesus não podia ter ocorrida aos discípulos. Bíblia de Genebra.

Alguns tem interpretado literalmente esta afirmação simbólica de Jesus, aparentemente esquecendo que Ele, muitas vezes, falou em sentido figurado em relação a Si mesmo. Por exemplo, "Eu sou a porta" (Jo 10:7) e "o caminho" (Jo 14:6). Mas é lógico que Ele não estava se transformando assim numa porta ou num caminho. O verbo "é" na frase "é o Meu corpo", é usado no sentido de "representar". CBASD, vol. 5, p. 562.

28 Aliança. O sangue que Jesus derramou no Calvário validou a "nova aliança" ou "testamento" assim como o sangue de bois ratificava a antiga aliança (Êx 24:5-8; Hb 9:12-23; cf Gl 3:15). Sem a morte vicária de Cristo, o plano de salvação nunca teria se tornado uma realidade. mesmo os que foram salvos no tempo do Antigo Testamento o foram salvos em virtude do sacrifício então por vir (Hb 9:15). Eles foram salvos ao olhar pela fé para o que ainda estava no futuro, assim como as pessoas encontram a salvação hoje, olhando para a morte de Cristo no passado. CBASD, vol. 5, p. 562.

29 reino de Meu Pai. Fazemos injustiça ao serviço da Comunhão se o celebramos apenas com corações tristes e sombrios. Como a antiga Páscoa [Passover], ela é uma celebração do que Deus fez para libertar Seu povo do estado de pecado e o que Ele fará para nos libertar do mundo de pecado. Os cristãos deveriam, portanto, participar do serviço com respeito, reverência e alegria. Andrews Study Bible.

30 hino. A comunhão da Páscoa terminava com a segunda metade dos salmos de hallel ("louvor") (Sl 115-118). Bíblia de Estudo NVI Vida.

36 Getsêmani. O nome significa "prensa do azeite", lugar em que o azeite é extraído da oliva. Bíblia de Estudo NVI Vida.

38, 39. Jesus não morreu de modo tão sereno quanto muitos mártires, justamente por não ser um mero mártir: era o Cordeiro de Deus que carregava sobre Si a punição dos pecados de toda a espécie humana. a ira de Deus foi desencadeada contra Ele. Somente isso pode explicar satisfatoriamente o que aconteceu no Getsêmani. Bíblia de Estudo NVI Vida.

38 profundamente triste. Não é possível compreender a tristeza profunda e a dor misteriosa que se abateu sobre Jesus quando Ele entrou no jardim do Getsêmani. Essa estranha tristeza confundiu os discípulos. ... Em parte, o sofrimento era físico, mas isso era apenas o reflexo visível do sofrimento infinito de Cristo como o portador dos pecados do mundo. CBASD, vol. 5, p. 564.

39 cálice. Jesus está horrorizado diante da perspectiva de suportar a ira de Seu Pai. Jesus tinha de enfrentar a morte sabendo que Seu Pai não estaria com Ele, mas contra Ele, em ira e juízo. Bíblia de Genebra.

49 beijou. Gr kataphilein, "beijar com ardor ou com abraços", o mesmo verbo usado com referência ao pai do filho pródigo, quando ele recebeu a este último com amor (Lc 15.20). Bíblia Shedd.

51 cortou-lhe a orelha. Pedro provavelmente tinha a intenção de cortar a cabeça do homem, mas uma mão invisível teria desviado o golpe. Apenas Lucas registra a recuperação milagrosa da orelha decepada. CBASD, vol. 5, p. 567.

57 Caifás. Jo 18.13 diz que, em primeiro lugar, Jesus foi conduzido a Anás, sogro de Caifás, devido ao fato de os judeus considerarem-no sumo sacerdote, mesmo depois de as autoridades civis terem nomeado Caifás, contrariamente à lei. Bíblia Shedd.

65 rasgou suas vestes. Era proibido ao sumo sacerdote rasgar suas roupas (Lv 10:6; 21:10). Andrews Study Bible.

... porque elas representavam o caráter perfeito de Jesus Cristo (DTN, 709). Caifás, assim, condenou a si mesmo diante da própria lei que defendia e se desqualificou para servir como sumo sacerdote. CBASD, vol. 5, p. 571.

69-75 Todos os evangelhos registram o incidente [traição de Pedro], mostrando quão profundamente ele impressionou a mente da igreja primitiva. É um testemunho tanto da fraqueza humana quanto da grandeza da misericórdia de Deus. Bíblia de Genebra.

74 jurar. Esta não é uma linguagem suja. Significa jurar no sentido de fazer um juramento em um tribunal. Adicionalmente, Pedro parece estar "amaldiçoando" no sentido de invocar uma maldição sobre si mesmo se suas palavras não forem verdadeiras (ver 5:34-37). Andrews Study Bible.

75 chorou amargamente. Ou, "irrompeu em lágrimas". Se Pedro tivesse acatado com seriedade a admoestação de Jesus para "vigiar e orar" (v. 41), ele nunca teria proferido as palavras traiçoeiras pelas quais derramava lágrimas. Mas, embora parecesse a Pedro que tudo estava perdido, incluindo a si mesmo, o amor do Salvador o ergueu e o resgatou de forma segura através de sua trágica experiência. Nenhuma hora é tão escura, nenhuma mágoa ou derrota tão amarga que a luz do amor de Jesus não possa fortalecer e salvar o perdido (ver DTN, 382). CBASD, vol. 5, p. 573.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Mateus 25

Comentário devocional:

Após a descrição da Segunda Vinda e dos sinais que a anteciparão, Jesus dá uma série de ilustrações para destacar certas coisas a respeito da Segunda Vinda em si. Esta série de comentários começa em Mt 24:32 e continua através de Mateus 25.

Dois temas importantes se destacam nestas declarações. Primeiro é o tema da data da vinda e a surpresa associada. Se por um lado ninguém sabe o dia nem a hora (24:36), por outro podemos saber que o tempo de Sua vinda está próximo (24:32-35).

Apesar de podermos saber da proximidade, muitos serão pegos de surpresa (24:39) e Ele virá para eles em um momento inesperado (24:44). Relacionado com este momento inesperado, alguns pensarão que o retorno está demorando e não farão uma preparação adequada (24:45-51; 25:1-13). Estas parábolas que citam o atraso nos dão a chave para não sermos pegos de surpresa. O servo que trabalha fielmente para promover os interesses do patrão, não terá qualquer angústia ou surpresa quando do seu retorno. 

A segunda ênfase temática envolve a mensagem básica do julgamento. As referências a Noé e ao dilúvio, os servos fiéis em contraste com os servos infiéis (Mt 24:36-51), juntamente com as parábolas das 10 virgens, dos talentos e da separação das ovelhas e dos bodes, todas elas apontam para uma grande separação dos justos e dos perversos através de um processo de julgamento. As duas parábolas acerca dos servos apontam mais claramente ao juízo investigativo. O mestre ou rei vem, inspeciona e avalia, investiga e, em seguida, decreta uma sentença de recompensa ou punição. Várias parábolas são apresentadas uma após a outra as quais enfatizam esse tema do julgamento.

Fica evidente que Jesus não está ensinando que todos serão salvos (universalismo). Além disso, é muito claro que Deus julga e acerta contas com cada pessoa individualmente. Quem crê em Jesus não será julgado - os Seus méritos apagam suas faltas (Jo 3:18). Este se envolverá com os negócios do Rei, multiplicando talentos e tratando outros servos com dignidade e graça.

Esta é a forma de nos prepararmos para a segunda vinda: manter vivo nosso relacionamento com Deus através do Espírito Santo (azeite das virgens). Este envolvimento com o Espírito nos motivará e capacitará a estarmos ativamente engajados na construção do reino como servos do Mestre e Rei.

Stephen Bauer, Ph.D.
Professor de Teologia e Ética
Universidade Adventista do Sul



Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/25/
Traduzido por JDS/JAQ
Texto bíblico: Mateus 25 
Comentário em áudio 

Mateus 25 - Comentários selecionados

1 o reino dos céus. Jesus e pelo menos quatro dos discípulos estavam [na terça à tardinha] na encosta ocidental do monte das Oliveiras. Os sol se pôs, e as sombras do crepúsculo foram se aprofundando. CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 542.

1-13 A demora da volta de Cristo distingue o sábio do tolo. Estar pronto significa estar preparado para uma longa espera; o zelo de pouca duração é inadequado. Bíblia de Genebra.

Na hora da vinda de Cristo, revelar-se-á quais são os crentes verdadeiros que confiam em Cristo e aguardam Sua vinda, e quais são aqueles cuja profissão religiosa não inclui a "vigilância" - a fé transformadora em Cristo. Bíblia Shedd.

2 néscias. As cinco "virgens néscias" não são hipócritas (PJ, 411), são "tolas", por não terem se rendido ao trabalho do Espírito Santo. CBASD, vol 5, p. 543.

3 azeite. Simboliza o Espírito Santo (PJ, 408; ver Zac 4:1-14), do qual os membros da igreja aqui representados são destituídos. Eles estão familiarizados com a teoria da verdade, mas o evangelho não efetuou nenhuma mudança em sua vida. CBASD, vol 5, p. 543.

4 as prudentes. As virgens prudentes da parábola representam os cristãos que entendem, apreciam e se valem no ministério do Espírito Santo. São "sábios" de fato os cristãos que hoje acolhem o Espírito Santo em suas vidas e cooperam com Ele na Sua tarefa designada (ver Jo 14:16, 17; 16:7-15). CBASD, vol 5, p. 543.

5 e, tardando. Os cristãos de hoje fariam bem em lembrar que o atraso do Esposo celestial não se deve a qualquer falta de preparação da parte dEle. Ele poderia ter vindo há muito tempo se Seu povo estivesse pronto para recebê-Lo e se tivesse sido fiel em completar a tarefa que lhe fora designada de preparar o mundo para a Sua vinda (ver DTN, 633, 634). CBASD, vol 5, p. 54

6 à meia-noite. O momento em que as donzelas cansadas de esperar estariam mais sonolentas. "Meia-noite" representa a escuridão espiritual, a hora mais tenebrosa. Grandes trevas espirituais cobrirão a terra nos últimos dias. CBASD, vol 5, p. 544.

8 do vosso azeite. A preparação das virgens néscias não tinha sido completa nem séria, mas superficial. CBASD, vol 5, p. 544.

14 Pois será. Enquanto a parábola das dez virgens (Mt 25:1-13) enfatiza a preparação pessoal para o retorno de Cristo, a dos talentos sublinha a responsabilidade do trabalho para a salvação dos outros. Assim, "vigiar" (Mt 24:42) inclui tanto a preparação pessoal quanto o trabalho missionário individual. CBASD, vol 5, p. 544.

14-30 A parábola dos talentos emprega a palavra "talento" (peso de 30 kg de prata equivalente a 6.000 denários) no  sentido de uma fé e capacidades que Deus concede aos crentes, que implicam em uma compreensão do amor de Deus revelado em Cristo e suas consequentes implicações. Bíblia Shedd.

Um talento de prata ... correspondia a mais de 18 anos de salário comum. CBASD, vol 5, p. 545.

15-28 Esta parábola [dos talentos], como as outras duas neste capítulo, tem o seu foco naquilo que os cristãos deveriam estar fazendo entre o "agora" e a Segunda Vinda - outra descrição para o que significa "vigiar". Andrews Study Bible.

15 talentos. A palavra "talento", em português, significando um dom natural ou habilidade, é derivada desta parábola. Bíblia de Genebra.

24 Senhor, sabendo que és. O servo admite francamente que seu procedimento não foi devido à ignorância ou à falta de capacidade. Foi deliberado. CBASD, vol 5, p. 545.

25 O servo que não fez uso do talento agiu assim porque desconfiava de seu senhor e o odiava.Não quis arriscar-se e fazer o dom circular. Preferiu a neutralidade (Mt 5.15, 16) e isentar-se da responsabilidade. Bíblia Shedd.

...ele supôs que todo o lucro iria para o seu mestre, e ele seria responsabilizado por qualquer perda. Ele não estava disposto a aceitar a responsabilidade envolvida, e faria o mesmo se oportunidades maiores lhe fossem oferecidas. CBASD, vol 5, p. 546.

27 juros. A palavra grega assim traduzida era usada a princípio no sentido de "prole", sendo os juros os "filhotes" do dinheiro investido. Andrews Study Bible.

29 Os dons de Deus multiplicam-se se os utilizarmos, pois transformam nossas vidas, de tal maneira que ficamos em condições de receber muito mais da plenitude que nos oferece o Senhor. O amor gera mais amor, a fé gera mais fé, a obediência à Palavra de Deus produz uma fonte de virtude que vai influenciando nosso ambiente (2Pe 1:3-7). Bíblia Shedd.

31-46 A base do julgamento: a vida frutífera em boas obras que são o sinal exterior da presença de Cristo no coração de quem sinceramente crê nele. Bíblia Shedd.

32-40 A separação e julgamento são baseados em como os seguidores de Jesus tratam o menor e o marginal enquanto eles esperam pelo retorno de Jesus. Esta parábola não está ensinando salvação pelas obras da lei, o que Paulo rejeita (Rom 3.27). Ela articula as obras éticas e sociais que caracterizam o próprio trabalho de Jesus, e o que, depois, o apóstolo Tiago  requer dos seguidores de Cristo (Tg 2:14-16). Andrews Study Bible.

32 Nos campos de Israel, as ovelhas e os cabritos viviam juntos; as ovelhas tinham alto valor, e os cabritos, pouco valor. Bíblia Shedd.

40 Quando refletirmos o caráter de Jesus perfeitamente, agiremos como Ele pelos necessitados e, por meio de nós, ele poderá consolar e socorrer os outros. A melhor prova de amor a Deus é o amor que nos leva a levar "as cargas uns dos outros, e assim cumprir a lei de Cristo" (Gl 6:2; cf 1Jo 3:14-19; ver com. de Mt 5:43-48). CBASD, vol 5, p. 548.

41 fogo eterno. Descrito em outros lugares como "fogo inextinguível" (ver com. de Mt 3:12) e "fogo do inferno" (ver com. de Mt 5:22). Todos os três se referem às chamas do último dia que hão de consumir os maus e todas as suas obras (2Pe 3:10-12; Ap 20:10, 14, 15). A palavra aionios traduzida como "eterno" ou "para sempre", significa "que dura um tempo", no sentido de ser algo contínuo e não sujeito à mudança caprichosa. Os antigos papiros gregos contêm numerosos exemplos de imperadores romanos descritos como aionios. ... É, portanto, claro que as palavras "eterno" e "para sempre", na língua portuguesa, não refletem como precisão o significado de aionios. O termo significa, literalmente "época duradoura", e expressa permanência ou perpetuidade dentro dos limites. Por sua vez, "eterno" e "para sempre" é de duração ilimitada. A duração de aionios deve, em cada caso, ser determinada pela natureza da pessoa ou coisa que ela descreve. No caso de Tibério César, por exemplo, aionios descreve um período de 23 anos, ou seja, o tempo de sua ascensão até sua morte. No NT, aionios é usado para descrever tanto o destino dos ímpios quanto o estado futuro  dos justos. Seguindo o princípio acima referido, vemos que a recompensa do justo é a vida que não tem fim, a recompensa dos ímpios é morte para a qual não há fim (Jo 3:16; Rm 6:23, etc.). ... Esse "fogo eterno", aionios, não significa que ele é de duração infinita. Isso fica claro a partir de Judas 7. Obviamente, o "fogo eterno" que destruiu Sodoma e Gomorra queimou por um tempo e depois se extinguiu. CBASD, vol. 5, p. 550, 551.

44 quanto foi que Te vimos [...]? Eles não conseguiram aprender a grande verdade que o amor genuíno de Deus se revela no amor para com os Seus filhos sofredores. A verdadeira religião envolve mais do que o assentimento passivo aos dogmas. CABSD, vol. 5, p. 551.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mateus 24

Comentário devocional:

Neste capítulo, Jesus deixa o Templo, e os debates sobre a Sua autoridade espiritual iniciados pelos líderes religiosos se encerram (Mt 21-23). Ao sair, Jesus previu a destruição do Templo (Mat 24:2). Os discípulos agora buscam uma conferência privada com Jesus para mais explicações e parte da resposta de Jesus é o Seu famoso discurso sobre os sinais de Sua Segunda Vinda. Um desses sinais é muitas vezes incompreendido pelos cristãos em geral.

Nos versículos 4-8, temos uma série de sinais que vão desde falsos "Cristos" e falsos profetas a guerras, fome e terremotos. Mas "ainda não é o fim" e essas coisas "são apenas o início das dores de parto" do fim. Essas dores de parto são seguidas por perseguição do povo de Deus, traição, mais falsos profetas, ilegalidade e esfriamento do amor (vs 9-12). Mas, Jesus diz, aquele que perseverar até o fim será salvo (v. 13). 

Agora chegamos ao verso mal entendido: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim." (v. 14 NVI). Esse versículo é muitas vezes pregado como se Jesus tivesse proferido uma sentença condicional: "SE o evangelho for pregado no mundo inteiro, ENTÃO virá o fim." Isso se reflete nos apelos que são feitos para "terminarmos o trabalho de modo que Cristo possa vir." Os membros acreditam em nós quando pregamos isso e eles observam que o mundo não cristão, como a "janela 10-40", fortemente muçulmana ou hindu, está crescendo mais rápido do que a população cristã tem conseguido pregar para eles. Assim, alguns membros tranquilamente concluem que, se Cristo não virá até alcançarmos a última pessoa com o Evangelho, então Ele não virá tão rápido assim. E certamente seus estilos de vida declaram que não acreditam que Cristo está vindo muito em breve. 

Na realidade, a gramática da expressão grega de Mt 24:14 é uma declaração de fato profético, assim como as guerras, fomes e terremotos. Gramaticalmente, a pregação do Evangelho a todo o mundo é um SINAL  da vinda de Cristo e não somente uma CONDIÇÃO para isto. A boa notícia é que o evangelho será pregado a todo o mundo e que Jesus certamente está chegando! 

Quando como membros acreditarmos que a vinda de Cristo é certa e que nós temos um tempo limitado para preparar o mundo para a Sua vinda, suplicaremos pelo poder do Espírito Santo para que nos capacite a cumprir nossa missão no mundo. Como resultado, deixaremos de lado nossas tolas discussões e controvérsias na vida congregacional, seremos reavivados espiritualmente e começaremos a trabalhar a sério na pregação do evangelho.

Jesus CERTAMENTE está voltando. Peçamos a Ele que nos mostre qual a parte que nos cabe para representá-Lo ao mundo! 

Stephen Bauer
Professor de Teologia e Ética 
Southern Adventist University



Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/24/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Mateus 24 

Comentário em áudio 

Mateus 24 - Comentários selecionados

1 Tendo Jesus saído. Provavelmente, na terça-feira à tarde. CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 528.

para Lhe mostrar. Josefo compara as paredes de pedra branca do templo à beleza de uma montanha coberta de neve (Guerra dos Judeus, v.5.6 [223]) e dá a dimensão fabulosa de algumas das suas pedras: 45 x 5 x 6 côvados(cerca de 20 x 2 2,7 m). O templo, naquela ocasião, estava em processo de construção havia quase 50 anos (ver Jo 2:20) e a obra de construção de todo o complexo de pátios e edifícios não foi concluída até cerca de 63 d.C., sete anos antes de ser totalmente destruído pelo exército de Tito. CBASD, vol. 5, p. 529.

2 pedra sobre pedra. Esta profecia se cumpriu durante a conquista romana de Jerusalém, no ano 70 d.C. Bíblia de Genebra.

Cumprido literalmente em 70 d.C., quando os romanos, comandados por Tito, destruíram completamente Jerusalém e os edifícios do templo. As pedras eram até mesmo separadas à força umas das outras, para achar as sobras das folhas de ouro do teto que se derreteram quando o templo foi incendiado. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Josefo descreve vividamente a destruição do templo e os esforços de Tito para salvá-lo (Guerra dos Judeus, vi.4.5-8 [249-270]). A excelente construção do edifício assegurava que ele resistiria a ataques indefinidamente. A própria cidade de Jerusalém era considerada, para todos os efeitos práticos, inexpugnável, mas Jesus previu que seria destruída pela força. CBASD, vol. 5, p. 529.

3 vinda. Do gr parousia, "presença" ou "chegada". A palavra parousia ocorre comumente nos papiros por ocasião da visita de um imperador ou rei. ... é mais comumente usada para denotar a vinda de Cristo (2Ts 2:1), ou de homens (1Co 16:17). ... não há nada, no termo parousia que signifique uma vinda secreta. CBASD, vol. 5, p. 529.

7 nação contra nação. Escritores judeus e romanos descrevem o período de 31-70 d.C. como um tempo de grandes calamidades. ... As previsões sobre "fomes, e pestes, e terremotos", do v. 7 (ARC), sem dúvida também se referem principalmente ao mesmo período. Jesus advertiu os primeiros cristãos a não considerar a luta política, fomes, pestes e terremotos daquele tempo como sinais do "fim" imediato do mundo. CBASD, vol. 5, p. 531.

fomes. Uma grave fome na Judeia, ocorrida por volta do ano 44 d.C., é mencionada em Atos 11.28. Houve, ao todo, quatro grandes períodos de fome durante o reinado de Cláudio, em 41 a 54 d.C. CBASD, vol. 5, p. 531.

terremotos. Houve uma série de grandes terremotos entre 31 d.C. e 70 d.C. Os piores deles foram em Creta (46 ou 47), Roma (51) Frígia (60) e Campânia (63). Tácito também fala de furacões particularmente severos e tempestades no ano 65 d.C. (Anais, xvi.10-13). CBASD, vol. 5, p. 531.

15 abominação da desolação. O claro contexto dos próximos cinco versos (vv 16-20) é a destruição de Jerusalém, que aconteceu em 70 d.C. Portanto, esta profecia de Daniel (Dn 9:26-27) aponta para, entre outros eventos, a destruição de Jerusalém por Roma. Andrews Study Bible.

quem lê entenda. ..."quem lê Daniel". Bíblia de Genebra.

16 fujam para os montes. Segundo Eusébio, historiador da Igreja primitiva, os cristãos fugiram de Jerusalém durante a guerra judaica, em obediência á profecia. Bíblia de Genebra.

As montanhas da Transjordânia, onde estava localizada Pella. Bíblia de Estudo NVI Vida

Josefo diz (Guerra dos Judeus, vi.9.3 [420]) que mais de um milhão de pessoas morreram durante e, após o cerco da cidade, mais de 97 mil foram levadas em cativeiro. No entanto, durante uma trégua temporária, quando os romanos inesperadamente levantaram o cerco de Jerusalém, todos os cristãos fugiram e é dito que nenhum deles perdeu a vida. Seu local de retiro foi Pela, uma cidade no sopé a leste do rio Jordão, cerca de 30 km ao sul do mar da Galileia. De acordo com Josefo, Tito, comandante dos exércitos romanos, confessou que nem os seus exércitos nem as máquinas do cerco poderiam ter sucesso em romper os muros de jerusalém, a menos que o próprio Deus assim o quisesse. A defesa obstinada da cidade enfureceu tanto os soldados romanos que, quando finalmente entraram, seu desejo de vingança não conhecia limites. CBASD, vol. 5, p. 533.

20 Orai ... sábado. Quarenta anos depois da ressurreição, o sábado seria tão sagrado quanto era quando Jesus pronunciou estas palavras, na encosta do monte das Oliveiras. Ele não sugere nenhuma alteração na sacralidade do dia, como muitos cristãos hoje supõem ter ocorrido quando Ele saiu do túmulo. A agitação, excitação, o medo e os incidentes de viagem durante a fuga de Jerusalém seriam inapropriados para o dia de sábado. CBASD, vol. 5, p. 533, 534.

24 se possível. Os fiéis obedeceram ao conselho da "Testemunha Verdadeira" a Laodiceia para "ungir" seus "olhos com colírio" (ver com. de Ap 3.18) e, portanto, são capazes de distinguir entre o verdadeiro e o falso. A forma da frase no grego significa que é impossível Satanás enganar aqueles que amam e servem a Deus com sinceridade (ver ... GC, 561, 623, 624). Verdadeiro amor à verdade e diligência em obedecer a todas as instruções que Deus deu para estes últimos dias serão a única proteção contra os enganos do inimigo, os espíritos enganadores e as doutrinas dos demônios. CBASD, vol. 5, p. 534, 535.

26 não saias. Ou seja, "nem sequer tenha curiosidade para ouvir o que eles têm a dizer, não dê a impressão de concordar com eles, estando presente ao ouvi-los falar". "Sair", aqui, significa colocar-se em terreno encantado e, assim, estar em perigo de cair no engano. CBASD, vol. 5, p. 535.

27 como um relâmpago. A vinda de Cristo será evidente, sem ambiguidade e visível a todos. Bíblia de Genebra.

29 Jesus descreve o escurecimento do sol e a queda das estrelas como ocorrendo ao fim da tribulação (vv 21-22). ... Isto se relaciona com o fim do período dos 1.260 dias proféticos em 1798 d.C. Andrews Study Bible.

o sol. O escurecimento do sol aqui predito ocorreu em 19 de maio de 1780, conhecido como o grande dia escuro. CBASD, vol. 5, p. 536.

a lua. Na noite do dia 19 de maio de 1780, a luz da lua foi velada, assim como havia ocorrido com o sol durante as horas do dia. CBASD, vol. 5, p. 536.

as estrelas. Sem dúvida, a maior chuva de meteoros que a história testemunhou se cumpriu em 13 de novembro de 1833. Esses dois fenômenos, de 1780 e 1833, cumpriram exatamente as previsões de Jesus, pois ocorreram no tempo especificado. Eles não foram os únicos eventos dessa natureza, mas os que melhor atenderam às especificações da profecia. CBASD, vol. 5, p. 536.

os poderes do céu. O abalo das "potestades do céu" não se refere aos fenômenos descritos na primeira parte do versículo ["Logo em seguida à tribulação daqueles dias"], mas a um tempo ainda futuro, quando os corpos celestes"serão movidos de seus lugares, abalados pela voz de Deus". Isso acontecerá quando Sua voz abalar também a Terra (ver PE, 41), na abertura da sétima praga (Ap 16:17-20; GC, 636, 637; PE, 34, 285; cf. Is 34:4; Ap 6:14). CBASD, vol. 5, p. 536.

30 sinal. O "sinal" que vai distinguir o retorno de Cristo dos enganos dos falsos cristos é a nuvem de glória com a qual Ele retornará à Terra (ver PE, 15, 35; GC, 640). CBASD, vol. 5, p. 536.

lamentarão. A lamentação das nações é uma alusão a Zc 12.10-12. Bíblia de Genebra.

42 vigiai. Um estado ativo, e não espera passiva, de acordo com os vs. 45-51. Bíblia de Genebra.

Este é o ponto básico de todo o discurso de Mt 24-25. Ninguém sabe exatamente quando Jesus retornará, nem mesmo os anjos (v. 36). Somos instruídos para sabermos quando estará próximo (vv. 32-36) mas, por outro lado, Ele virá como um ladrão na noite. Portanto, estejamos preparados. Andrews Study Bible.

44 ficai também vós apercebidos. Aqueles que sinceramente desejam  a vinda de Jesus estarão prontos, não importa quando o Senhor aparecerá. CBASD, vol. 5, p. 539.

45 a quem o senhor confiou. Esta parábola se aplica especialmente aos líderes religiosos e espirituais da "família da fé" (Gl 6:10; cf Ef 2:19), cujo dever é suprir as necessidades de seus membros e que, por preceito e exemplo, devem testemunhar de sua crença na proximidade da vinda de Cristo. CBASD, vol. 5, p. 539.

 a seu tempo. É dever do pastor alimentar e pastorear "o rebanho de Deus" (1 Pe 5:2) dando-lhe exemplo (v.3 ) de vigilância e preparação. ... cabe a cada pastor cumprir fielmente a responsabilidade que lhe foi confiada (ver Ez 34:2-10). CBASD, vol. 5, p. 539.

Nota: As épocas a que se refere Mateus 24 são:
vs 5 a 20 - perseguição da igreja por Roma pagã e destruição de Jerusalém
vs 21, 22, 29 - perseguição da Idade Média
vs 24 a 27 - Ilusões dos últimos dias
vs 30, 31 - Volta de Jesus